O que você precisa saber para começar o dia bem-informado
Fim de uma eraA Ford anunciou na segunda-feira (11) que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil após um século. A montadora mantinha fábricas em Camaçari (BA) e Taubaté (SP) para carros da Ford, e em Horizonte (CE), para jipes da marca Troller. A empresa, que fechou 2020 como a quinta que mais vendeu carros no país, com 7,14% do mercado, continuará comercializando produtos no Brasil. Eles serão importados principalmente da Argentina e do Uruguai.
Motivos da decisão
Em um comunicado divulgado para a imprensa, a fabricante disse que a decisão foi tomada "à medida em que a pandemia de Covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas".
5 mil empregos afetados
Questionada pelo G1 sobre quantos funcionários serão demitidos, a Ford disse que aproximadamente 5 mil empregos serão afetados com a reestruturação no Brasil e na Argentina. O país vizinho sofrerá ajustes pelo encerramento da produção no Brasil, mas continuará produzindo veículos.
A decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil coloca um ponto final em uma história de mais de 100 anos de investimentos no país. A primeira fábrica de automóveis do Brasil foi da Ford. Em 1º de maio de 1919, a montadora abriu as portas de uma planta na Rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo. O modelo de produção era o Ford T, também chamado de Ford Bigode. As peças eram importadas e a montagem, feita aqui.
Banco do Brasil
O Banco do Brasil anunciou a abertura de dois Programas de Demissão Voluntária com a previsão de adesão de cerca de 5 mil funcionários. Foi anunciado ainda o fechamento de 361 unidades — 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento — no primeiro semestre deste ano.
Corrida da vacina
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na segunda-feira (11) que o foco da vacinação contra a Covid-19 no Brasil poderá ser a redução da pandemia em vez de, no primeiro momento, assegurar a “imunidade completa”. Para Pazuello, o objetivo é frear a contaminação com a aplicação de pelo menos uma dose do imunizante do laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
Ele não informou o intervalo pretendido entre a aplicação da primeira e da segunda dose. Questionada pelo G1 em relação à aplicação de uma única dose, a Fiocruz informou que: "a AstraZeneca recomenda um regime de vacinação com duas doses, considerando um intervalo de 4 e 12 semanas após a primeira dose. No entanto, o regime de doses a ser adotado no país é uma definição do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde".
Também na segunda, o vice-presidente Hamilton Mourão, que voltou ao trabalho após 12 dias em isolamento no Palácio do Jaburu para tratamento da Covid, disse que vai tomar a vacina, mas que não vai "furar fila".
Números da Covid
O Brasil registrou 477 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 203.617 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias foi de 1.004. A variação foi de +59% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de crescimento nos óbitos pela doença.
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 8.133.833 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 29.153 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 54.182 novos diagnósticos por dia, recorde desde o início da pandemia.
Enem na pandemia
Os portões dos locais de prova do Enem 2020 serão abertos 30 minutos antes do previsto para evitar aglomerações, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame. Antes, a abertura dos portões ocorreria às 12h; agora, será às 11h30 (horário de Brasília). Provas serão feitas em 17 e 24 de janeiro (versão impressa) e 31 de janeiro e 7 de fevereiro (versão digital).
Eleições 2020
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta segunda-feira (11) que auditorias externas nas eleições municipais de 2020 mostram que não foram identificadas quaisquer situações que comprometessem "a transparência e a confiabilidade" da votação eletrônica.
Em nota, o TSE acrescentou que as auditorias externas ocorreram nos tribunais regionais eleitorais (TSE) e foram feitas por uma empresa especializada, contratada por meio de licitação.
O tribunal tem ressaltado que não há qualquer evidência ou indício de fraude no processo eletrônico de votação.
FONTE: https://g1.globo.com/agenda-do-dia/noticia/2021/01/12/12-de-janeiro-terca-feira.ghtml;